MPF desiste de pedir a prisão de Adriana Ancelmo, mulher de Sérgio Cabral
MPF desiste de pedir a prisão de Adriana Ancelmo, mulher de Sérgio Cabral
rocuradoria informou à 2ª instância do Tribunal Regional Federal que condução coercitiva cumpriu objetivo. Advogada prestou depoimento na PF.
Adriana Ancelmo e Cabral; MPF suspeita de compras feitas após ex-governador deixar o cargo (Foto: Vera Donato/Estadão Conteúdo)
O Ministério Público Federal (MPF) recuou no pedido de prisão da ex-primeira dama do Rio de Janeiro, Adriana Ancelmo. Adriana é mulher do ex-governador Sérgio Cabral, preso na Operação Calicute, da Polícia Federal, desdobramento da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, suspeito de desviar mais de R$ 220 milhões em obras do governo do estado.
De acordo com informações do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, a Procuradoria Regional da República, ligada ao MPF, sustentou que o pedido de prisão temporária perdeu seu objeto, ou seja, que não havia mais motivo para a ordem de prisão.
A procuradoria informou ao tribunal que o objetivo da prisão era conseguir esclarecer junto à ex-primeira dama fatos apurados na ação penal. Para o MPF, essa finalidade foi alcançada com o depoimento prestado pela advogada, que foi conduzida de forma coercitiva para testemunhar em juízo.
"Verifica-se que o presente recurso em sentido estrito está prejudicado, na medida em que a condução coercitiva foi cumprida e capaz de alcançar o intuito ministerial de esclarecimento dos fatos por parte da recorrida", explicou o desembargador da 1ª Turma Especializada do TRF-2 Abel Gomes, em sua decisão.
O MPF apresentou o pedido ao TRF-2 depois que a primeira instância da Justiça Federal não ter atendido ao pedido de prisão. Logo após receber o recurso, o desembargador encaminhou os autos primeiro à ré Adriana Ancelmo, para que ela apresentasse as contrarrazões e, em seguida, remeteu o processo para o parecer da segunda instância do MPF, que opinou pelo indeferimento do pedido.