Inverno 2023 começa amanhã: qual é a previsão para os próximos meses

 

Inverno 2023 começa amanhã: qual é a previsão para os próximos meses?

El Niño vai influenciar o inverno no Brasil, mas terá seu pico de intensidade na primavera e no verão Foto:Getty Images

O inverno começa nesta quarta-feira, dia 21 de junho de 2023, às 11h58, e termina em 23 de setembro de 2023, às 3h50, no horário de Brasília.

A previsão é de uma estação marcada pela entrada de mais umidade do que o comum na região Sul, o que pode influenciar o Sudeste, em razão de um fluxo maior de ar quente e úmido que vai aumentar a chuva e as temperaturas.

Na metade Norte, a tendência é de um período mais seco, aponta o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). As condições estão diretamente ligadas aos efeitos do fenômeno El Niño
Previsão de chuva durante o inverno 2023 no Brasil — Foto: Climatempo/Reprodução



Previsão de temperaturas durante o inverno 2023 no Brasil — Foto: Climatempo/Reprodução

Região Sul

O inverno no Sul será de chuvas e temperaturas acima da média histórica para a região. Deve chover mais entre o extremo sul do Rio Grande do Sul e o sul de Santa Catarina, além de todo Estado do Paraná.

Já as temperaturas ficam um pouco acima da média entre o Paraná e o leste de Santa Catarina. Por outro lado, o oeste e sul do Rio Grande do Sul ficam abaixo da média histórica.

Em julho, o potencial para tempestades é mais alto no sul do Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, onde estão previstos os maiores acumulados. Enquanto no Paraná a chuva tende a ficar dentro da média para o mês.

Ainda em julho, vale destacar que os períodos de temperatura acima do normal serão mais frequentes e duradouros no Rio Grande do Sul devido à intensificação do escoamento de ar quente sobre o Estado.

Por outro lado, agosto tende a ser o mês mais frio da estação no Estado gaúcho e em Santa Catarina. Em setembro, o destaque é a persistência de nebulosidade, causando mais chuva e frio no Rio Grande do Sul. Com relação às temperaturas, chama atenção a possibilidade de picos de calor intenso no norte do Paraná.

Região Sudeste

A nova estação sentirá os efeitos do El Niño no aumento das temperaturas - principalmente no fim do inverno - no interior de toda região, com alto risco de temporais entre agosto e setembro no oeste e sul de São Paulo e no sul do Rio De Janeiro e de Minas Gerais.

De acordo com o Inmet, não se descarta a ocorrência de chuvas intensas próximas ao litoral sul da região devido à passagem de frentes frias vindas do Sul.Julho começa com temperaturas acima da média em quase todas as áreas, com exceção de partes do sul e leste de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. Ambas as áreas sofrem influência do tempo seco que manterá noites mais frias. Ainda em julho, há previsão de calor fora do comum para a época no oeste paulista e Triângulo Mineiro.

Agosto será um mês mais quente. A temperatura sobe e o calor será intenso em amplas áreas do interior de São Paulo e de Minas Gerais. Em áreas do sul, a tendência é de mais chuva e até algumas massas de ar frio que derrubam a umidade relativa do ar e favorecem queimadas no interior.

Em setembro, o destaque é a chuva acima da média em São Paulo, sul de Minas Gerais, Rio de Janeiro e sul do Espírito Santo.

Região Centro-Oeste

A previsão para o inverno no Centro-Oeste indica condições de chuvas abaixo da média climatológica em quase toda região. A secura preocupa e os valores de umidade relativa do ar tendem a ficar abaixo dos 30%, com picos mínimos abaixo de 20%, por vários dias durante a estação.

Por influência dos fluxos de umidade vindos da região Sul, o oeste e sul do Mato Grosso do Sul são as únicas áreas com chance de receber precipitações acima da média. Além disso, a área destacada pode ter frio intenso em agosto, mas o risco de geadas amplas é baixo.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, as temperaturas vão se manter acima da média devido à permanência de massas de ar seco e quente. Isso também vai facilitar a ocorrência de queimadas e incêndios florestais.

Região Nordeste

No geral, as chuvas serão abaixo e as temperaturas acima da média na região Nordeste, com influência direta do El Niño que vai dificultar a chegada de frentes frias.

O interior nordestino é a única área que pode ter chuva perto da média - área que já enfrenta o período seco. Na costa leste do Nordeste, onde tem chovido consideravelmente, as precipitações vão diminuir aos poucos e o volume deve ficar abaixo da média.

“A umidade que chega do oceano provoca chuva frequente, mas, em geral, fraca a moderada, com poucos eventos de chuva expressiva com potencial para transtornos”, destaca a Climatempo.

O destaque do calor fica para o Maranhão, o Piauí, o oeste de Pernambuco, a Paraíba e o oeste da Bahia. Já no leste, o calor é um pouco menos intenso, mas com tempo abafado.

Região Norte

A previsão climática indica chuvas abaixo da média e temperaturas mais altas que o normal em toda área que abrange o Norte, com secas previstas na região equatorial. O destaque fica para o leste do Amazonas, oeste do Pará e parte de Roraima.

A exceção é o extremo norte da região, onde há possibilidade de chuvas acima da média em áreas pontuais, indica o Inmet.

A temperatura do ar deve ficar acima da média em grande parte da região nos próximos meses. “Vale ressaltar que a falta de chuva no sul da Amazônia é muito comum entre julho e setembro e, considerando a alta temperatura e a baixa umidade relativa do ar, a incidência de queimadas e incêndios florestais aumenta”, alerta o instituto.

Por fim, não se descarta a ocorrência de eventuais episódios de friagem, entre julho e agosto, no sul da região devido à entrada de massas continentais de ar frio.

El Niño

Depois de três anos sob influência direta do fenômeno climático La Niña, notaram-se condições de neutralidade no Brasil.

Porém, rapidamente foi observado um aquecimento das águas do Pacífico Equatorial, que confirmaram o início do fenômeno El Niño, como declarado pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês).

O aquecimento acima do normal das águas do Oceano Pacífico, na faixa da Linha do Equador, altera o sistema de ventos em toda a América do Sul e impede que as frentes frias vindas do Sul avancem além do Sudeste do Brasil.

Com isso, o inverno de 2023 terá impacto direto do El Niño, que vai aumentar a seca no Norte, Nordeste e parte norte do Centro-Oeste, e provocar o oposto no Sul e parcialmente no Sudeste, com volumes de chuva maiores que o normal.

Apesar de já estar ativo no inverno, o fenômeno deve ter seu pico de intensidade no último trimestre deste ano, ou seja, entre a primavera e o verão, prevê a Metsul. Portanto, o El Niño será notado durante todo o segundo semestre de 2023, de forma crescente.

Fonte:globorural

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